segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A inovação como diferencial profissional

Atualmente a inovação é um diferencial presente nas empresas líderes em todo mundo. Apesar de existirem casos de sucesso de empresas que adotam como característica principal, a cópia de modelos de gestão e de produtos de empresas de ponta - as chamadas empresas seguidoras.

Em todas as áreas de um negócio, é muito importante a presença de profissionais inovadores. Todavia, o quanto isso irá se tornar um diferencial competitivo, será determinado pelo perfil do corpo gestor da mesma. Pois existem empresas com características eminentemente conservadoras, que irão limitar o desenvolvimento desta potencialidade em seus funcionários.

Apesar da grande maioria das pessoas terem a consciência da importância da criatividade e inovação, para sua vida particular e profissional, de uma forma geral, existem poucas oportunidades para que uma pessoa venha a desenvolver seu potencial inovador de forma estruturada e consistente, seja na vida pessoal, nas escolas, faculdades ou nas empresas. Porém, o quão cedo o profissional descobre a necessidade de exercitar esta característica, possibilitará o seu desenvolvimento e o aproveitamento de muitas oportunidades.

Em síntese, o passo mais importante para tornar-se inovador é o momento da descoberta de que esta característica será decisiva para sua própria vida.

Inovação por ruptura e o fim das fraldas de pano

Na década de 70, quando foi lançada no Brasil pela Johnson & Johnson, a fralda descartável era desajeitada, fechada com fita adesiva que não permitia a abertura sem rasgar, era muito mais cara e ainda por cima, alguns pediatras desaconselhavam por deixar as pernas do bebê muito abertas e causarem alergias freqüentes. Sem falar que eram completamente desconhecidas dos consumidores.

Nesta época apenas 4% dos bebês usavam fraldas descartáveis no Brasil.

Como naquela época o investimento para montar uma fábrica de fraldas descartáveis era cerca de 5 milhões de dólares, a fatia do mercado que comprava o produto era muito pequeno e a margem de lucro com fraldas de pano era aproximadamente 5 vezes maior.
Não era razoável para a Cremer (fabricante de fraldas de pano que detinha cerca de 65% do mercado brasileiro) ou qualquer outro fabricante de fraldas de pano, investir neste novo mercado.

No final dos anos 80, três inovações incrementais (sustentadas) em cima do primeiro modelo de fralda descartável e um fator político, mudaram essa história:

• Surgiram máquinas que apresentavam uma produtividade cinco vezes maior que as primeiras máquinas da Johnson e Johnson.

• A indústria de celulose desenvolveu um produto absorvente que permitiram reduzir a quantidade necessária de poupa de celulose em cada fralda de 90 para 27 gramas. Conseqüentemente as fraldas se tornaram mais anatômicas e menos desconfortáveis.

• A indústria de adesivos, encabeçada pela 3M tratou imediatamente de desenvolver adesivos que permitiam várias aberturas sem danificar a fralda.

• O governo Collor abre o mercado brasileiro para as importações.

Com as três inovações sustentadas e a abertura do mercado, as fraldas descartáveis ficaram baratas e grandes multinacionais como Procter & Gamble (P&G) e Kimberly Clark lançaram no Brasil produtos de alta qualidade e campanhas de propaganda agressivas.

Tudo isso ocorrendo e mesmo assim a Cremer continuava aumentando a produção das fraldas de pano, em função de fortes investimentos em exportações. Esta estratégia estava mascarando seu resultado no Brasil e não permitia ver que seu mercado estava acabando.

Em 1997 a Cremer foi comprada por uma Joint venture da mexicana Mabesa com a americana Paragon (tradicionais fabricantes de fraldas descartáveis) para usar a marca em fraldas descartáveis.
Resultado: no primeiro ano a Cremer descartável conquistou 1,5% do mercado e no segundo ano 9,8%.

Como ocorreu com as máquinas de escrever, neste mercado nenhum fabricante de fraldas de pano tornou-se um grande fabricante de fraldas descartáveis, apesar de terem por muito tempo o mercado na mão.

Inovação por ruptura e o fim das máquinas de escrever

Em 1911 a Olivetti, indústria fabricante de máquinas de escrever lançou seu primeiro modelo, a M1, e nos anos 50 chegou a dominar o mercado mundial de equipamentos mecânicos para escritório.

Até os anos 60 / 70, no mundo inteiro, a maioria dos textos eram datilografados em uma máquina de escrever da Olivetti.

Com o início da utilização dos computadores, esta tarefa começou a ser desenvolvida nos processadores de textos. Que no primeiro momento eram difíceis de serem usados, exigiam um minucioso conhecimento dos comandos internos e mesmo assim, os resultados não eram dos melhores.

Nos anos 70 a Apple lançou o primeiro Computador Pessoal (PC) e começou a vendê-lo para adolescentes curiosos, que haviam ouvido falar deles apenas nos bancos das universidades.

Naquele momento ninguém imaginaria que máquinas caras, complicadas e só conhecidas em universidades, invadiriam os escritórios e a imprensa de todo o mundo.

Não havia sentido para os executivos da Olivetti, conceber a idéia de que as máquinas de escrever estavam com os dias contatos, uma vez que em cada lançamento, os consumidores se mostravam mais satisfeitos.

Porém os editores de texto tinham um atributo importante: Uma vez dominado o conhecimento para digitar o texto, era possível fazer muitas alterações sem gastar tempo nem papel.

O resultado todos nós sabemos! Hoje não encontramos máquinas de escrever nem nos escritórios da própria Olivetti.

A Olivetti errou?
Foi atropelada pela tecnologia?

A Olivetti sempre investiu em pesquisa, desenvolvimento de novos produtos e acima de tudo sempre escutou seus clientes com o intuito de lançar produtos de acordo com seus desejos e necessidades.

Seguindo a risca os manuais da boa administração, enquanto o mercado de processadores de texto e computadores pessoais crescia, a Olivetti lançava máquinas “modernas” como as elétricas, eletrônicas, portáteis, coloridas para crianças e até mesmo, em 1965, cinco anos antes da Apple lançar seu PC, chegou a desenvolver um dos precursores do PC, chamado na época de P101. Ou seja, investiu pesado em inovações sustentadas.

Em 1982, a Olivetti tentou entrar no mercado de computadores pessoais, porém não foi bem sucedida, por conta da agressividade dos fabricantes que já dominavam o mercado e pela cultura interna da empresa, constituída por muitos profissionais que foram ao longo do tempo, formados para administrar de forma competente uma empresa fabricante de máquinas de escrever. Prova disso é que no início dos anos 90 a divisão da empresa que cuidava dos PCs foi fechada e em 1996, quando a indústria de computadores já estava bem desenvolvida, a empresa ainda conseguiu vender, só no Brasil, 290.000 unidades de máquinas de escrever.

Resultado: a Olivetti ou qualquer outro fabricante de máquina de escrever, não conseguiu torna-se um grande fabricante de computadores ou processadores de texto.

domingo, 11 de outubro de 2009

O grande dilema das empresas competentes.

Quando uma empresa se torna grande, para manter a taxa de crescimento que o mercado financeiro e os acionistas exigem, torna-se incapaz de entrar em mercados pequenos. Uma vez que, estes não oferecem o retorno necessário para que a empresa continue crescendo a taxas constantes. Ao mesmo tempo, estas mesmas empresas sabem que estes mercados pequenos poderão se tornar grandes em um curto espaço de tempo. Porém, quando isto ocorre já é tarde demais, pois as primeiras empresas que entraram já estão dominando este novo mercado.

Não há como lutar contra a inovação por ruptura! Ela acabará ocorrendo mais cedo ou mais tarde em muitos mercados. O importante é ficar muito atento e ter capacidade para descobrir quando uma inovação é sustentada, quando é ruptura ou quando é uma simples invenção que não evoluirá e adaptar as estratégias da sua empresa.

É importante ressaltar que as inovações por ruptura não acontecem por que houve uma transformação técnica e sim, na maior parte das vezes, é fruto de uma visão de marketing que contraria o manual da boa gestão.

Que fazer então?

Várias empresas passaram a adotar a estratégia de “Destruição Criativa ou Sobrevivência pelo Suicídio*”. Estão montando novas empresas, totalmente desvinculadas da empresa mãe, para competir com elas próprias, com produtos inéditos (inovações por ruptura).

Um bom exemplo desta estratégia foi apresentado pela HP. A empresa dominava o mercado de impressoras laser, mas sabia que a impressão a jato de tinta era uma ameaça, então montou uma nova divisão totalmente desvinculada, inclusive funcionando em outra cidade, para trabalhar exclusivamente com a nova tecnologia. O resultado é que a divisão “jato de tinta” que inicialmente era menos rentável e muito menor que a divisão “laser”, hoje é responsável pela maior parte do faturamento da empresa.

* J.A. Schumpeter – economista Austríaco foi o primeiro estudioso a defender a teoria da “Destruição Criativa ou Sobrevivência pelo Suicídio”

Conclusões a respeito das inovações por ruptura.

Elas podem ocorrer em qualquer segmento, independente do tamanho, da competência ou até mesmo da riqueza das empresas que compõe o mercado.

Quando surgem não são levadas a sério por quem detém a tecnologia estabelecida, pois no princípio são tecnicamente inferiores.

Apesar de tecnicamente inferior, apresentam algumas novas características ou benefícios.

Inicialmente o mercado alvo é menor, as margens de lucro são inferiores, existe forte rejeição por parte dos consumidores acostumados com a tecnologia estabelecida.

Para as empresas que dominam o mercado, não faz o menor sentido investir em algo com tantos problemas.

Mesmo diante de uma inovação por ruptura, a competência administrativa das empresas que dominam o mercado, leva a empresa, a continuar investindo em inovações sustentadas que proporcionam produtos melhores e mais lucrativos.

É muito difícil prever o potencial do mercado da inovação por ruptura, uma vez este tamanho estará ligada diretamente às inovações sustentadas que serão agregadas ao longo do tempo.

As inovações por ruptura dão início a um novo mercado, a partir daí vão evoluindo através de inovações sustentadas e rapidamente atingem a posição de tecnologia estabelecida. Neste momento não há mais oportunidade de reação para as empresas que dominavam o mercado.

No momento em que uma inovação por ruptura e as inovações sustentadas que são agregadas tornam-se uma tecnologia estabelecida, ficam vulneráveis a outras inovações por ruptura.

Tipos de inovação

Conforme escreve Clayton Christensen, professor da Harvard Business School em seu livro “O dilema do inovador: quando novas tecnologias levam grandes empresas ao fracasso”, existem dois processos distintos que resultam dos esforços de inovação e criatividade empresarial: a evolução ou inovação sustentada e a evolução ou inovação pela ruptura.

A inovação sustentada.

Comum e amplamente utilizada pela maioria das empresas no mundo.
Entrega como resultado um produto ou serviço melhor, mais evoluído, algumas vezes por conta de um novo design, tecnologia, preço etc. Ou seja, é fruto, na maioria dos casos de:
• Uma pesquisa onde um grupo de clientes tenha apontado uma necessidade ou desejo que não esteja plenamente satisfeita.
• De uma tendência de mercado.
• Da criação ou aquisição de novas máquinas etc.

A inovação pela ruptura.

Na maioria das vezes apresenta, no primeiro momento, um produto pior em relação ao modo como o mercado faz sua avaliação. Porém, ao mesmo tempo surge uma séria de características que permitem que o produto seja utilizado de uma maneira diferente, com outros benefícios e que tenha inicialmente como alvo um novo e pequeno grupo de consumidores.

A evolução ou inovação pela ruptura apresenta algumas premissas básicas:
1 - Não basta monitorar a concorrência.
• A empresa ou produto que poderá ser seu principal concorrente amanhã, surgirá de onde você menos espera.
2 - Não basta conhecer profundamente o mercado.
• Antes de você adotar qualquer reação, os clientes poderão descartar rapidamente e de forma definitiva seus produtos.

Não importa se você investe em inovação; pesquisa; treinamento; monitora os limites do conhecimento do seu segmento e acompanha os avanços da tecnologia. A evolução pela ruptura, poderá destruir seu negócio e aniquilar sua empresa. E o que é pior, hoje ela é considerada pelos círculos técnicos mais confiáveis: “uma grande piada”.

Fique claro que estas afirmações não estão relacionadas à miopia diante do novo ou que tenham alguma coisa a ver com a má gestão, comuns a muitas empresas.

É justamente o contrário, o fracasso de muitos negócios poderá ocorrer justamente por utilizarem as melhores ferramentas de gestão do mundo.

Agir 100% certo pode vir a ser 100% errado!

Isto por que as melhores técnicas de gestão não permitem:
• Investir no desenvolvimento de produtos com baixo desempenho.
• Lançar produtos que prometam margens de lucro menores que a média do segmento.
• Focar de forma agressiva mercados pequenos.
• Ignorar as tendências do mercado.
• E nem tão pouco conceber a idéia de não ouvir os clientes, interpretar suas necessidades e desejos e entregar as melhores soluções possíveis.

Visão básica do processo de inovação no Brasil e no mundo.

Na década de 90 com a abertura do mercado, as empresas brasileiras passaram por uma grande transformação. Nesta fase nossas empresas conheceram uma grande quantidade de novos concorrentes com “novidades” que iam desde novos produtos, serviços, processos e ações de marketing. A maioria das empresas brasileiras tinha a certeza de que para sobreviver no novo cenário, seria necessário igualarmos à produtividade, tecnologia etc. das empresas que estavam chegando. Desta forma entre outras mudanças, importamos muitas máquinas e conhecemos novas tecnologias, ou seja, copiamos muita coisa, pois acreditávamos que os novos modelos eram melhores que os nossos e em muitos casos eram mesmo.
Isso foi importante naquele momento, porém nenhuma empresa pode sobreviver por muito tempo copiando modelos que foram sucesso no passado ou ainda são em outros mercados. O investimento em processos de desenvolvimento criativo que gerem inovações é a única estratégia para sobreviver.

No mundo, a velocidade de transformação é cada vez maior e é difícil imaginarmos que uma empresa possa sobreviver por muito tempo, se não definir como principal pilar para sua sobrevivência a inovação.

Estima-se que em 2017, 75% do PIB do Japão será formado por produtos que sequer foram inventados.

O maior fator limitante à inovação em uma empresa é sua própria cultura interna, a qual foi construída com base em paradigmas que não mais existem:

Paradigma do Gênio - Muitas empresas ainda acreditam que uma empresa inovadora tem que manter um gênio trancado em uma sala, fazendo experiências mirabolantes e que um dia poderá descobrir um produto novo capaz de desbancar a concorrência.

Paradigma da Pesquisa - outras tantas empresas acreditam que para se inovar no mercado é necessário um grande investimento em pesquisa; laboratórios equipados; funcionários altamente qualificados; tempo e muito dinheiro.

Tudo isso é importante dentro de uma empresa, mais não é a única forma de se tornar uma empresa inovadora.

Henry Ford começou a popularizar os carros através de uma inovação no processo de fabricação - a linha de montagem possibilitava a produção de um carro igual aos demais, porém mais barato.

A Dell Computer Corporation – tornou-se a maior montadora de computadores do mundo construindo toda sua estratégia de crescimento em cima de idéias básicas, como mostra DELL, Michael em seu livro Estratégias que revolucionaram o mercado (1999, p. 29 e 96):
• Eliminar os intermediários do processo de distribuição, através de vendas diretas ao consumidor final, pela internet.
• Constante segmentação do mercado, para que seja dado foco a grupos de clientes com características similares, com isto é possível alcançar taxas de crescimento elevadas em determinados segmentos. É tirar o maior resultado possível de grupos cada vez menores.

Como podemos ver, a inovação nem sempre é resultado de um produto tecnologicamente superior. Pode ser apresentada na maneira de abordar o mercado, na gestão, no processo ou em qualquer outra forma que traga uma vantagem competitiva.
O que é mais importante: pode e deve ser construída ao longo do tempo, como resultado de pequenas evoluções.
Para tanto, a empresa tem que construir uma política de incentivo ao permanente surgimento de idéias criativas e inovadoras, mesmo aquelas que não sejam aproveitadas, merecem destaque e elogios como uma iniciativa positiva e como criação de um degrau para a construção de novas idéias.

A anglo-holandesa Shell destina 10% do seu orçamento de pesquisa para patrocinar idéias criativas. Qualquer funcionário pode requerer uma verba para trabalhar no estudo e elaboração de um novo projeto. Detalhe: quem decide quais projetos serão financiados é um grupo de cinco funcionários entre os quais não existem diretores. (REVISTA INOVAÇÃO, 2002, pg. 49).

A 3M – empresa com maior índice de resultados oriundos de produtos inéditos no mercado. Historicamente tem um terço do seu faturamento gerado por produtos que não existiam cinco anos atrás.

Drucker (apud CANDELORO, 2002, p. 54) “Idéias são muitas vezes como bebês – elas nascem pequenas, imaturas e sem forma definida. São mais promessas do que resultados. Nas empresas inovadoras, os executivos não dizem ‘esta é uma idéia tola’. Ao contrário, perguntam ‘o que precisaríamos para transformar esta idéia embrionária, em algo que faça sentido, que seja uma oportunidade para nós?”

Em empresas inovadoras o exercício da criatividade é algo que se tornou natural, uma prática rotineira e feita de forma coletiva, como apresenta Peter Drucker em seu livro “inovação e espírito empreendedor”. Idéias geniais são raríssimas!

Hoje o mundo empresarial atravessa um momento em que estão se esgotando todas as possibilidades de uma empresa aumentar seus lucros através de cortes em seus custos, reengenharias, excelência administrativa, parcerias etc. Em um breve espaço de tempo, só será possível obter mais lucro se criarmos novas e inéditas ferramentas para competir. Isto já é realidade em vários segmentos e para várias empresas do mundo e será para a grande maioria em um curto espaço de tempo, sejam elas grandes ou micro empresas.

O Bobo da Corte e o processo criativo

No tempo em que o mundo era dominado por reis e rainhas, existia um personagem que tinha privilégios que não combinavam com a função que a maioria das pessoas achava que ele desempenhava no reino.

O “Bobo da Corte” era na verdade uma pessoa muito inteligente e que usava a criatividade para: manter-se próximo ao rei, não despertar a inveja dos outros súditos e ao mesmo tempo ter acesso a muitas informações que não chegariam à família real. Desta forma, muitas vezes se tornava o principal conselheiro do rei.

Como aborda VON OECH, Roger no livro Um Toque na Cuca(1983 p. 126), além desta função, o Bobo da Corte procurava virar os pressupostos básicos de cabeça para baixo, com comentários, frases e textos nada convencionais, como este abaixo, que não foi escrito no tempo dos reinados, porém, retrata bem seus comentários naquela época.

Viver ao contrário.

Acho que o ciclo da vida está invertido!
Deveríamos primeiro morrer. Assim logo ficaríamos livres disso.
Em seguida, viriam vinte anos num asilo.
Ao atingir a maturidade, seríamos desligados do asilo, ganharíamos um relógio de ouro e iríamos trabalhar.
Depois de trabalhar uns quarenta anos, até ficar jovem o suficiente, viria aposentadoria, daí entraríamos em uma faculdade, experimentaríamos drogas, álcool, iríamos a festas, até ficarmos preparados para o colegial.
Viria o primário, viraríamos crianças, poderíamos brincar, não teríamos responsabilidades.
Daí, todos seríamos bebês, voltaríamos ao útero das nossas mães, passaríamos os últimos nove meses flutuando e terminaríamos como um brilho no olhar de alguém.

Avaliando uma idéia

Como perceber que trata-se de uma idéia nova, que realmente fará a diferença e que vale a pena investir tempo e dinheiro?
Fazendo perguntas do tipo:
· Qual o benefício para o cliente, nossos fornecedores, nossa empresa etc.?
· Será fácil entender o benefício?
· Qual o impacto sobre nosso pessoal?
· Como afetará as rotinas atuais?
· Alguém já está fazendo igual
· O que poderá sair errado?
· Trará vantagens sobre os concorrentes?
· Dará lucro?
· Quanto irá custar?
· Quando devemos reavaliar a nova idéia?

As respostas não são fáceis, porém uma prévia avaliação poderá evitar muitas dificuldades no futuro.

Como afirmou Albert Szent-Giorgyl - Ganhador do prêmio Nobel de Medicina: Descobrir consiste em olhar para o que todo mundo está vendo e pensar uma coisa diferente.

O erro e o processo de criação

Quando nos deparamos com um erro estamos acostumados a pensar:
· Puxa! Outra besteira! Onde foi que eu errei dessa vez?
· Por que não dizer: Olha só! Onde será que isso vai dar?

Errar faz parte do processo de criação! Diante desta afirmação amplamente estudada, podemos dizer: erre depressa, antes que outros errem na sua frente e descubram novas formas de fazer.

Quando não estamos errando muito, também podemos pensar:
Será que estou utilizando todo meu potencial criativo?
Quantas oportunidades estou perdendo por não ser mais criativo?

Cometendo um erro, trate de usá-lo como ponto de partida para uma nova idéia.

Duas vantagens que decorrem dos erros:

1. Quando algo falha você descobre o que não funciona.
Esta é a essência da experiência. É o que diferencia um profissional de um estagiário ou aprendiz.
2. O fracasso lhe dá oportunidade de tentar uma nova abordagem.
Em muitos casos, para se chegar ao êxito, obrigatoriamente teríamos que cometer aquele erro.

Quando e como ser mais criativo?

Quando ocorreu sua última idéia criativa?
Hoje? Ontem? Na semana passada? No mês passado? Ou no ano passado? E que idéia foi essa? Foi importante? Trousse resultados? Transformou você, alguém ou algo?

De vez em quando precisamos nos fazer estas perguntas para avaliarmos como está nosso potencial criativo.

E quando ou em que momento você é mais criativo?

Existem duas circunstâncias que nos motivam ser mais criativos.

Impulsos despertados por circunstâncias de necessidades.
Exemplos:
· Quando nos defrontamos com um problema.
· Quando o prazo está se esgotando.
· Quando há uma oportunidade que precisa ser satisfeita.

Impulsos despertados por circunstâncias de divertimento.
Que podem ser:
· Quando estou me distraindo.
· Quando estou fazendo alguma coisa não relacionada com o problema.
· Depois da segunda cerveja...

Essas duas circunstâncias justificam um dito popular, de autor desconhecido que diz que: “a necessidade é a mãe da invenção e o divertimento certamente é o pai”.

E como ser mais criativo?
A resposta é amplamente citada em livros: assumindo riscos, deixando de lado preconceitos, velhas crenças e opiniões que hoje são “confortáveis”.

O homem precisa ser capaz de desaprender o que sabe, sem isso, sua cabeça fica cheia de respostas prontas com seus próprios paradigmas.

A teoria da criatividade, publicada por Rogers entre 1959 e 1962 e analisada por A TEIXEIRA, Elson no livro Aprendizagem e Criatividade Emocional (1998, p. 17), afirma que a criatividade construtiva ocorre tão somente em uma pessoa que apresente estas três características:
1. Estar aberta à experiência, o que implicaria na ausência de rigidez, em uma tolerância à ambigüidade e maior permeabilidade aos conceitos, opiniões e hipóteses;
2. Ter habilidade para viver o momento presente, com o máximo de capacidade para se adaptar.
3. Ter confiança no organismo como meio de alcançar o comportamento mais satisfatório em cada momento existencial.

Como estímulo, lembre sempre de que nada é mais perigoso do que uma idéia quando ela é a única que você tem. Procure sempre a segunda resposta certa.

O desafio de reaprender a ensinar

Dentre tantas transformações que o mundo vem passando, uma das mais importantes é a que vive o ensino acadêmico.
Estamos passando da era:
· Educar como sendo transferência de conhecimentos, onde o papel do educando era aprender o que o professor ensinava, do jeito que ele ensinava e para um fim que nem sempre empatava com o seu ideal. E onde os educadores simplesmente colocam em segundo plano a individualidade, os sonhos, a criatividade e os desejos dos seus alunos.
· Para a era em que ensinar é despertar a sabedoria através do prazer, onde existe a consciência de que ninguém aprende nada que não queira aprender, e que todos são capazes de aprender qualquer coisa, se encontrarem prazer em fazê-lo. Porque ninguém se dedica ao desprazer!

Como apresenta A TEIXEIRA, Elson. No livro Aprendizagem e Criatividade Emocional (1998, p. 9), os bons programas educacionais nas escolas, faculdades e empresas contemplam seis princípios fundamentais:
1. Uma melhor “condição” para o aprendizado;
2. Uma metodologia didática que envolva todos os sentidos e que seja relaxante e divertida;
3. Liberdade de expressão e estímulo ao pensamento criativo;
4. Ferramentas didáticas variadas;
5. Tempo para a prática dos ensinamentos;
6. Períodos regulares para ensaio e revisão do conteúdo.
Onde o aprendiz, em um ambiente envolvente, alegre, colorido e se possível musical, absorva o conteúdo pela ação e experiência prática, usando o tato, o olfato, a visão e a audição.

O objetivo do aprendizado é o desenvolvimento da inteligência racional e emocional, pois só o equilíbrio entre estas duas proporcionará o desenvolvimento da inteligência.

Estímulos à criatividade

Os estímulos podem ajudar a perceber uma oportunidade ou ameaça que antes não estavam à vista.

Como aborda VON OECH, Roger em seu livro Um Toque na Cuca. (1983, p.24), todos precisamos de perguntas, idéias ou situações que nos façam sair da rotina para um estado criativo.

Alguns exemplos:

· Após dez anos, você recebe uma carta de sua primeira namorada, pedindo para lhe encontrar em uma cidade que vocês sempre passavam as férias juntos... Você ainda é solteiro e sempre quis ter um filho.

· Você é muito rico e acaba de comprar uma ilha pensando em deixar como herança para seu único neto. Hoje você descobre que as grandes geleiras do mundo estão em ritmo acelerado de desgelo...

No dia a dia nem sempre aparecem situações como estas para despertar o potencial criativo, porém, devemos estar atentos para a necessidade de exercitá-lo.

Para ser criativo é preciso estar insatisfeito com alguma coisa.

O poder das Normas

Vivemos em um mundo totalmente dominado por normas e aqueles que não as aceitam são tidos como pessoas anormais.
As normas, as leis, são convenções fundamentais para o mundo evoluir de forma organizada e consistente.
O problema é que estabelecemos a norma com base em uma razão que faz sentido. O tempo passa, as coisas mudam e a razão que originalmente levou à geração dessa norma, pode não mais existir, porém, como a norma ainda continua em vigência, continuamos a segui-la.

VON OECH, Roger em seu livro Um Toque na Cuca (1983, p.62), exemplifica bem este caso quando cita como surgiu a configuração QWERT dos teclados. Criada em 1870 para evitar que as hastes das letras das primeiras máquinas de escrever se prendessem. Colocadas com esta configuração as letras mais utilizadas ficam de lados opostos. O tempo passou, veio o computador, adotando a mesma configuração nos teclados, mesmo existindo outras que proporcionariam maior agilidade aos digitadores.

A propósito: Porque continuamos usando relógios de pulso? Estes relógios começaram a existir para que pudéssemos saber a hora exata em qualquer lugar que estivéssemos. Porém, hoje temos relógios no celular, no computador, microondas, no DVD, no equipamento de som, no painel do carro, ou seja, em todo lugar que possamos imaginar.

sábado, 10 de outubro de 2009

Bloqueios à criatividade

Desde criança somos estimulados a limitarmos nossa criatividade e construir uma vida calcada na racionalidade.

Exemplo disso é que poucos são os pais que elogiam seus filhos por estarem sonhando acordados, por outro lado, a maioria demonstra satisfação quando encontram livros e objetos bem organizados, no quarto das crianças.

Fomos criados para responder a idéias inusitadas dizendo: “Não dá!” Ao invés de “Êpa! Que interessante! Quero só ver onde esse pensamento vai dar”.

No dia a dia somos bombardeados com frases que bloqueiam a criatividade, do tipo:
· Qual a resposta certa?
· Isso não tem lógica!
· Siga as normas!
· Seja prático!
· Analise apenas os números!
· Não erre!
· Brincar é falta de seriedade!
· Isso não é da minha área!
· Não seja bobo!
· Você não é criativo!

Paralelo a isto, existe uma grande variedade de motivos que nos ajudam a justificar a nossa própria falta de criatividade. É o que PREDEBON, José (1997, p. 128) chama dos principais bloqueios à criatividade: acomodação; a miopia estratégica; a insegurança; o pessimismo; a timidez; prudência exagerada; o desânimo; a dispersão e até mesmo a mania de querer ser o dono da verdade.

Segundo GOLEMAN, Daniel; KAFMAN, Paul e RAY, Machael no livro O Espírito Criativo (1992, p. 15). O principal inibidor da criatividade é o Imediatismo – as pessoas muitas vezes fracassam não porque os problemas sejam insolúveis, mas porque desistem antes do tempo.

Criatividade em tudo!

Não se pode mais pensar que criatividade é uma coisa ligada apenas a humor, propaganda, artistas plásticos ou algo do gênero.
Criatividade é coisa séria e imprescindível ao desenvolvimento do homem na vida particular e no trabalho.

Em especial, dentro das empresas, o potencial criativo é avaliado em todo momento. Desde quando o candidato inicia um processo seletivo e muito mais no dia a dia, quando é avaliado pelo seu comportamento diante das situações controladas e nos momentos críticos em que tem que improvisar soluções, assumir riscos e exercitar toda a criatividade para obter os melhores resultados possíveis diante das adversidades.

É fundamental também ressaltar que criatividade não é um simples dom, mas uma decisão pessoal que pode e deve ser desenvolvida para a formação de profissionais diferenciados no mercado de trabalho.

Criatividade é a decisão de fazer algo pessoal e valioso para satisfação própria e ou benefício dos demais.

Porque não somos mais criativos e inovadores?

O mundo e o ser humano se transformam todos os dias.
Nunca conseguiremos viver dois dias exatamente iguais.
Ao redor do homem, as mudanças acontecem independendo da sua vontade.

Apesar disso, muitas pessoas não fazem nada para modificar o seu mundo, sua vida ...

É fato também, que “só podemos ocupar duas posições nos processos de mudança: ou ficamos à frente delas ou seremos atropelados por elas!” (Autor desconhecido).

Como questiona LA TORRE, Saturnino em seu livro “Dialogando com a Criatividade” (2005, p.19):
O que caracteriza o ser humano?
Em que o homem se diferencia das outras espécies?
Qual a grande vantagem do profissional humano diante das máquinas?

O homem tem a possibilidade de ir mais além do que aprendeu. É capaz de transformar aquilo que o rodeia; de imaginar o que ainda não existe; de adiantar o futuro; interpretar e modificar o que está ao seu alcance. Por que o homem é um ser que cria!

Porém, a criatividade que não modifica algo nas outras pessoas ou naquilo que elas fazem, é meramente nominativa, vazia de conteúdo e desprezível.

Diante disso, como o homem pode justificar na plenitude, a principal característica que o diferencia dos outros animais e das máquinas?

Como aprender a ser mais criativo e inovador? ou seja, como se capacitar para transformar os rígidos padrões sócio-culturais e de consumo da sociedade? Se, conforme cita A TEIXEIRA, Elson em seu livro “Aprendizagem e Criatividade Emocional” (1998, p.6), muitos educadores ainda julgam que educar é transferir conhecimentos de forma a ajustar o educando, às exigências e padrões da sociedade.

Peças Promocionais - Descrições

Arara
Expositor de arame para pendurar cabide com roupas nos PDV’s.

Back Light
Peça dotada de iluminação interna que apresenta mensagem e/ou imagem.

Balcão de Degustação
Stand que tem como objetivo dar a conhecer ou divulgar de forma personalizada um produto apresentado por um produtor ou demonstrador.

Bandeja de Degustação
Bandeja com alças para fixação no corpo da promotora de vendas. Tem como objetivo realizar abordagens gerando experimentação de um produto alimentício, através da oferta de pequenas quantidades

Bandeirolas
Conjunto de cartazetes pendurados em varal para decoração em PDV.

Banner
Peça impressa em material rígido ou flexível terminada em formato arredondado ou em “V”, para ser fixada verticalmente.

Blimp
Inflável hermético de grandes dimensões colocado em ambientes amplos e externos contendo mensagem e/ou imagem, normalmente alimentado por gás hélio.

Boneco Biruta
Boneco inflado através de ventilador, Com movimento em função da saída do ar pelas extremidades. Também conhecido como: boneco de posto de gasolina.

Broad Side
Folheto destinado ao público interno e intermediário (distribuidores e varejistas) apresentando o produto e a sua campanha de comunicação.

Carambola
Display de cestos, quase sempre de arame (ferro) com articulações que permite o giro dos cestos individualmente.

Cupom
Peça distribuída aos consumidores, oferecendo vantagens (descontos, sorteios, brindes e outros) na aquisição de determinado produto.

Check-out
Móvel para instalação de equipamentos para pagamento de compras.

Check Stand
Display instalado próximo ao check-out

Clip strip
Peça de PVC, PS ou papelão para exposição de produtos correlatos em lojas de varejo.

Dispenser
Sistema que coloca em primeiro plano o produto, por meios mecânicos ou por gravidade, podendo ser adaptado a uma prateleira

Display
Qualquer elemento destinado a promover, apresentar, expor, demonstrar e ajudar a vender o produto ou serviço, podendo ser colocado diretamente no solo, vitrines, balcão e prateleiras.

Embalagem Display
Embalagem de transporte que também funciona como display no PDV

Faixa de Gôndola
Peça produzida em diversos materiais para ser colocada na parte frontal das prateleiras das gôndolas, servindo como delimitador de espaços dos produtos e/ou como aparador das embalagens podendo conter mensagens e/ou imagens

Flange
Placa para ser instalada de forma perpendicular na parede externa das lojas.

Folder
Folheto impresso em uma única lâmina, geralmente encartado em pasta.

Front Light
Peça que apresenta mensagem ou imagem com iluminação externa frontal

Gargaleira
Elemento de promoção colocado nas embalagens que têm formato de garrafa (Gravata de papel para gargalo da garrafa)

Gôndola
Prateleiras utilizadas para exposição de produtos no PDV

Inflável
Peça feita em material plástico flexível e hermético que deve ser enchido de ar, e ter impressas ou pintadas mensagens ou imagens

Móbile
Peça promocional aérea sustentada por fios

Mock up
Boneco de um produto ou embalagem em qualquer escala, geralmente utilizado para produção fotográfica

Palet
Plataforma de madeira sobre a qual se empilha cargas com a finalidade de estocagem e agilizar o transporte.

Panfleto
Material impresso destinado à promoção e larga distribuição, geralmente produzido em pequenos formatos

Papel ou Plástico Forração
Utilizado para forrar base de pilhas/ilhas ou pontas de gôndola.


Peg-board (Gancheira)
Expositor especial para colocação de produtos em blister ou saquinhos

Pin
Bottom promocional.

Stand
Espaço construído especialmente para receber clientes e expor produtos em feiras, congressos e eventos afins.

Stopper
Peça publicitária que sobressai perpendicularmente à prateleira ou gôndola.

Tablóide ou Encarte
Jornal ou revista para anuncio de produtos em promoção.

Take One
Expositor de mesa ou balcão para folhetos no qual o consumidor se serve.

Testeira
Estrutura colocada no alto do display ou gôndola, contendo algum elemento que identifica o produto ou outra mensagem.

Totem
Peça sinalizadora vertical.

Urna
Caixa destinada a recolher os cupons de participação em uma operação promocional.

Vale Brinde
Cédula impressa que dá direito a receber brindes.

Vasca/Mesa
Para exposição de produtos promocionais ou legumes e frutas na seção de hortaliças dos supermercados.

Wooble
Material confeccionado em acetato com função semelhante ao de um Stopper, mas com um diferencial de se movimentar com deslocamento de ar.

Termos utilizados em Marketing Promocional

Abordagem
Ato realizado por um (a) demonstrador (a), geralmente acompanhado por um folheto ou amostra promocional.

Ampro
Associação de marketing promocional.

Auto Serviço
Sistema de vendas no qual o consumidor tem acesso direto ao produto.

Blister
Apresentação de um produto embalado entre um suporte de cartão e uma estrutura de plástico transparente, permitindo a visualização do mesmo (Produto Cartelado).

Briefing
Conjunto de dados ou informações que servem de base para: elaboração de campanhas promocionais ou de propaganda, confecção de peças em geral etc.

Chaminé
Exposição em uma gôndola que ocupa todo módulo de prateleiras com um único produto.

Cross sampling
Utilização de um produto ou canal de venda de um produto para distribuição de um outro de baixo giro, pouco conhecido ou em lançamento com a finalidade de gerar experimentação.

Degustação
Atividade promocional que visa gerar experimentação de um produto alimentício através da oferta de pequenas quantidades.

Facing
Quantidade de frentes de um produto.

Fee
Porcentagem ou valor para remuneração.

F.I.F.O. - “First in – First out”
É a técnica de expor na frente da gôndola o produto de fabricação mais antiga e atrás o de fabricação mais recente, esta prática é conhecida como Rodízio e também pela sigla P.E.P.S.-“Primeiro que entra, primeiro que sai”. Esta Técnica também é utilizada para área de estocagem de produto.

In-pack
Conjunto promocional em que o brinde é colocado dentro da embalagem do produto.

Ilha promocional
Exposição de produtos permitindo acesso por todos os lados

Layout
Exposição de idéias, peça promocional, planta de uma loja etc através de imagens impressas.

Logística reversa (promocional)
É o trabalho de retirada dos materiais promocionais dos pontos de vendas.
Em muitos casos a empresa ou profissional responsável pela logística reversa, fica também com a responsabilidade de destruir as peças, evitando o uso indevido e a exposição das marcas e imagens dos produtos indevidamente.

Market Share
É a participação de mercado de cada produto, marca, empresa etc.

On-pack
Conjunto promocional confeccionado com filme termo-encolhido.
Pode ser um “leve 3 pague 2” ou anexação de brinde etc.

Palet
Plataforma de madeira sobre a qual se empilha cargas com a finalidade de estocagem e agilizar o transporte.

Pantone
Catálogo internacional de referência de cores.

Patinha, jacaré ou empilhadeira
Máquinas para transporte e armazenagem de mercadorias.

Pilha promocional
Agrupamento de produtos em locais de grande circulação dentro do estabelecimento.

Planograma ou modular
É o desenho da gôndola. Nele consta a correta localização e o número de frentes dos produtos e categorias de produtos.

Ponta de Gôndola
Espaço nobre localizado nas extremidades das gôndolas e muito utilizado para promover e aumentar o giro dos produtos.

Portfólio
É o mix de produtos e / ou serviços de uma empresa.

Popai Brasil
Associação Brasileira de merchandising no PDV.

Sampling (Amostra Grátis)
Versão do produto em quantidade reduzida distribuída gratuitamente aos consumidores para motivar a experimentação.

Sell in
São ações que promovem a venda da indústria para o varejo ou intermediários.

Sell out
São ações que promovem a venda do varejo para o consumidor final.

Shelf Life
Tempo de vida útil de um produto.

Shrink
Processo de empacotamento através de filme transparente com finalidade de agrupamento ou proteção.

Splash
Forma gráfica de destaque para vantagens ou características dos produtos ou serviços.

Stand
Espaço construído especialmente para receber clientes e expor produtos em feiras, congressos e eventos afins.

StoryBoard
Descrição ilustrada cena a cena do roteiro de filmagem de uma peça publicitária, de uma ação promocional etc.

Take One
Expositor de mesa ou balcão para folhetos no qual o consumidor se serve.

Teaser
Chamada utilizada para despertar a curiosidade do público em geral, antecedendo uma campanha de comunicação ou promocional.

Testeira
Estrutura colocada no alto do display ou gôndola, contendo algum elemento que identifica o produto de forma mais agressiva.

Vacuum Forming
Processo que permite obter objetos na forma desejada a partir de termoplástico pré-aquecidos e moldados através de vácuo.

Estamos preparados para a revolução da tecnologia da informação e da comunicação?

Sem dúvida a maior e mais profunda revolução da história da humanidade.

A revolução da tecnologia da informação e da comunicação agregada a WEB iniciou um processo infinito de transformação nas esferas técnica, econômica, social e cultural, obrigando os homens e as instituições a assumirem a condição de permanentes mutantes.

Agora a dinâmica é outra! A convergência de tecnologias; a aproximação e a inter relação entre E-Business e E-Commerce e, sobretudo, a nova concepção de vida dos indivíduos, fez e continuará fazendo por muito tempo, com que surjam a cada dia, oportunidades completamente inesperadas pela maioria dos homens.

Diante disso tudo, é fato que hoje o mundo vive um momento de elevado grau de incertezas. Pois:
· A grande maioria dos homens que vivenciam estas transformações, não foram preparados para evitar e combater as resistências às mudanças.
· As empresas foram constituídas dentro de um formato tradicional, defendendo valores como relacionamentos face to face, elevados estoques como poder de barganha ...
· E o que é mais desafiador: Estamos acostumados a produzir e aceitar evoluções sustentadas, ou seja, aquelas que surgem como um melhoramento de um produto existente. Desta forma surge um produto mais bonito, ou mais barato, com novas cores, tamanhos etc. De alguma forma melhor.

Porém a evolução que presenciamos hoje é fruto de uma inovação por ruptura, em que, os consumidores abandonam de forma rápida e definitiva um produto e migram de vez para uma alternativa que nem os melhores Gurus de marketing podiam prever.

Em suma, o maior potencial apresentado pela revolução da tecnologia da informação e da comunicação é também o nosso maior desafio: Aprendermos a exercitar na plenitude o nosso potencial inovador.

Propaganda ou Promoção. Para que lado o vento sopra?

O mercado de comunicação vem mudando de forma radical, rápida e definitiva.

Verbas limitadas, principalmente fora do eixo Rio / São Paulo obrigam as agências de propaganda a fazer de tudo um pouco, ou pelo menos se propor a fazer, para não correr o risco de perder parte das verbas.

Paralelo a este cenário, as novas regras para veiculação das mídias externas, vem tornando cada vez mais limitado o desempenho das empresas de sinalização e impressão de grandes formatos, uma vez que muitas prefeituras no Brasil, tornaram rígidas as regras para liberação de back light, front light, fachadas de lojas, outdoor etc.

Desnecessário lembrar que muitos empresários que estão neste mercado não conheciam quase nada de marketing, e investiram em máquinas de impressão de banner, placa etc. motivados pelas margens de lucro elevadas e pelo grande volume da demanda, percebidos no início da atividade, hoje o que vemos é um cenário bem diferente: preços muito próximos ao custo, grande competição a ponto do mercado, ser considerado “prostituído”, pela grande facilidade para aquisição de máquinas, o que vem fazendo com que muitas empresas saiam do mercado com prejuízo.

Não bastando isso, nos últimos anos vem ocorrendo uma forte transformação nas lojas de varejo. Redes como Wal Mart, Carrefour, CBD (Extra, Pão de Açúcar e Comprebem), forçaram a profissionalização de várias redes locais como Extrabom (PE), Nordestão (RN), G Barbosa (SE e AL). E grandes investimentos feitos nos pontos de vendas por multinacionais como Nestlé, Unilever, Sadia e outros, despertaram nas indústrias regionais o desafio de defender seus mercados, mesmo porque, além do rápido poder de reação, conhecem suas regiões como ninguém.

Isso tudo nos leva a concluir que o surgimento de agências e/ou departamentos de marketing promocional dentro das agências de propaganda e o desenvolvimento de fornecedores / fabricantes de novos materiais promocionais, está apenas começando.

O mercado publicitário vai diminuir? Creio que não! O mercado promocional é que irá crescer bastante. O desafio é encontrar e alocar nesta área, profissionais que conheçam profundamente as características do varejo, do merchandising e da promoção de vendas, e não apenas tenham entrado em uma loja para fazer compras hoje, e amanhã estejam criando ações e peças promocionais que prometam um crescimento “espetacular” das vendas por impulso.

Giovanni Leal